Saudações a todos.
"Trevas de Marfim" é meu primeiro livro solo, lançado no ano de 2010. Apresentar-vos-ei aqui o seu prefácio, mas antes gostaria de ressaltar que ele não é apenas um trecho que prefacia a obra em questão, mas também a representa em sua totalidade como um verdadeiro prefácio a obras posteriores. Eis o motivo de escolha de tão inefável título deste tópico: "Trevas de Marfim, um prefácio doente".
Aqui me despeço.
Um brinde a vossas leituras misantrópicas!
Prefácio Doente
Da colheita escarlate às sete alcovas:
“Ó sangue que jorrais escandalosamente,
Contaminar-vos-ei suficientemente para aos lúcidos lábios adoentares?
Contaminar-vos-ei suficientemente nesta alcova de
Corvos e de Vermes,
Para ao lúcido adentrardes?”
Um brinde...
A esta alcova escarlate...
Ebenum in profundis,
Devaneios em lúgubre,
Sádicas máscaras entorpecidas de marfim...
Envolventes!
In profundis...Ególatra!
Um brinde...
Aos vermes que corroem crânios...
“A Hamlet!”
Vermes a que o marfim lhes é saboroso,
Devorem-no, deliciem-se!
Um brinde aos corvos, e aos seus repugnantes gritos:
“Aprisionar-vos-ei, embriagar-vos-ei,
Ebenum algidus!
Um brinde àqueles que colhem e adoentam,
Entre pinturas de ébano e molduras escarlate!”
Sois, Corvos, a doença!
Sois diseasers!
Sois Poetas!
Adolph Kliemann